sábado, 7 de julho de 2012

Cattleya percivaliana



1. Contextualização da Espécie

Esta espécie é nativa da Venezuela na região do estado de Trujjillo (Venezuela), crescendo predominantemente em altitude de 1400 à 2000 metros do nível do mar sob rochas e vegetação (árvore) à beira de cursos d'águas na região conhecida como depressão Carora. O habitat da C. percivaliana é pequeno se comparado com as demais Cattleyas existentes na Venezuela, como a Cattleya Gaskelliana ou Cattleya Lueddemanniana. Vale ressaltar que é a flor nacional da Venezuela.

Trujjillo, Venezuela

Naturalmente, a Cattleya percivaliana fica exposta a neblina noturna e a umidade provinda dos riachos próximos aos rochedos e vegetação em que se fixa. Além disso, esta espécie é exposta a iluminação solar e  fortes ventos de modo que garanti o resfriamento natural de suas folhas. Quando encontradas na forma rupícola (sob rocha) apresenta grande concentração de samambaias e musgos nos rochedos de modo que a umidade se mostra sempre presente ao longo do ano. Portanto, essa espécie não passa por períodos longos de seca não suportam muito o estresse hídrico.

Cattleya Percivaliana no Habitat.

A C. percivaliana é considerada a menor das unifoliadas e na natureza geralmente não ultrapassam 12cm de diâmetro (flores), porém em função das constantes seleções sofridas nos orquidários atualmente é possível encontrar flores entre 15cm à 18cm. O padrão dessa espécie é de portar entre 2 à 4 flores por haste tendo a parte vegetativa (planta) similar das Cattleyas Labiatas apesar de ser menor. Segundo Waldyr Fochi a floração ocorre entre fevereiro e junho sendo que no Brasil o pico da floração dessa espécie ocorre em março. As folhas são alongadas, semi-rígidas. As espatas são simples e a planta quando adulta não ultrapassa os 25cm de altura. Essa espécie tem um perfume inconfundível que para mim lembra o cheiro daqueles insetos popularmente chamados de "maria fedida", mas que nada tira seu encanto, pois dependendo da distância tornar por vez um perfume levemente adocicado. 

Cattleya percivaliana 'Carla Porto'
Fonte:  http://orquidea.base33.net/noticias/310-cattleya-percivaliana-tipo-carla-porto 

Cattleya percivaliana 'Carla Porto'
Fonte:  http://orquidea.base33.net/noticias/310-cattleya-percivaliana-tipo-carla-porto  

2. Cultivo

Devem ser cultivadas com bastante luz indireta, sendo recomendado o sombrite de 50%. A umidade relativa do ar deve ficar entre 60% e 80%. Como vegeta na Venezuela em altas altitudes e que geralmente possuem temperaturas mais amenas com uma variação de cerca de 8°C entre a temperatura do dia e a da noite é uma espécie que se adapta muito bem a regiões serranas na região sul e sudeste do Brasil. Pode ser cultivada em vasos de barro ou de plástico, indo bem em suportes de peroba ou placas de fibras. Na ausência do xaxim, atualmente proibido, a Cattleya percivaliana aceita, satisfatoriamente, a mistura de 1/3 de casca de pinus bem picada, 1/3 de carvão vegetal em pedaços pequenos e 1/3 de cascalhinho de brita, com inclusão de fibra de coco. O vaso deve ter boa drenagem, podendo ser de cacos de telha, pedra britada, cerâmica, etc. O substrato deve ser trocado, no máximo, a cada 3 anos. A adubação pode ser química ou orgânica.
A rega deve ser no máximo de 3 vezes por semana, seguindo-se a regra de permitir que o substrato quase seque antes de nova rega.
O replante deve ser feito sempre quando a orquídea apresentar um novo pseudobulbo em torno de 15 cm de altura e com o início da emissão de novas raízes para garantir a saúde da planta. Geralmente, esta espécie responde satisfatoriamente o envase com 4 a 5 pseudobulbos e num substrato de fibra de xaxim/mistura de casca de árvores pouco picado adicionado à pequena porcentagem de sfagno.
A bela epífita aceita boas regas nos períodos de brotação, meados de novembro a dezembro, seguindo-se ainda essas regas até fevereiro, não aceita regas pesadas 1 mês antes da floração que no caso do Brasil geralmente tem seu pico de floração no mês de março.
Já no período de repouso floral, precisamente 1 a 2 meses após a floração, aceita boas regas. Deve-se dar ênfase as raízes a fim de obter bom enraizamento. Atenção procure evitar usar água da torneiro em função do cloro que acaba limitando dependendo da sua concentração na água o desenvolvimento da orquídea.
A aclimatação e o desenvolver é muito satisfatório, além disso, a sua brotação, emissão de bainhas e floração são tão regradas que em geral não apresentam casos de brotações e florações  foras de época.


3. Variedades de Cattleya Percivaliana

As mais comum são as Alba, Semi-Alba e tipo, mas também há variedade Suave, Suavíssima, Concolor,  Coerulea, Albescen  e outras.


Cattleya percivaliana alba

A variedade Alba já possui muitas variantes, algumas depreciativas outras muito boas, por exemplo, a Alba Ayala, de pétalas e sépalas de branco puro acetinado, com labelo também albo sem nuance algum, apresentando pouco acima do lóbulo frontal uma mancha amarelo-ouro que sucede as fauces, e esse colorido adentra ao tubo no mesmo tom. O amarelo-ouro ou amarelo-gema (mais escuro) que aparece no centro do labelo de algumas albas é de uma variedade intensa, dando a impressão até de semi-alba para os menos experientes.

Cattleya percivaliana semi-alba 'Farah Diba'

No caso da variedade Semi-Alba são umas das mais me encanta. Pode-se destacar a Cattleya Percivaliana Semi-Alba Jewel, C.ç Percivaliana Semi-Alba Farah Diba (foto acima) com suas pétalas e sépalas albas de boa simetria, circularidade e conjunto, tendo um belo labelo espargido em tom vinho/rosado no labelo central contrastando com a margem alba. Muito bonito!!!


Cattleya percivaliana coerulea


A raríssima Coerulensis Ondine ou Coerulensis Dona Ondine possui pétalas e sépalas levemente azuladas, de labelo pouco azulado mais forte com ocre superposto na garganta do labelo e fauces amarelo-claro. A planta quando feita a auto-fecundação produz filhas também coerulensis variando em forma técnica e desenho e colorido do seu belíssimo labelo.



Cattleya percivaliana tipo


As de variedade Tipo por exemplo, de tom lilás médio ao escuro com labelo ocre (marrom escuro na garganta), de tom vinho forte ou avermelhado em seu lóbulo frontal com veias ouro-claro foram muito cruzadas entre si produzindo varias filhas superiores as suas matrizes.
A Cattleya Percivaliana Tipo Sumit e a Tipo Alberts de ótimas formas técnica, no qual, a Sumit são bem arredondada, bem simétrica, apenas pouco menor em diâmetro que a Tipo Alberts e são dois clones renomados responsáveis muitas vezes por Cattleyas Percivalianas Tipo muito boas de formas técnica, a lilás é variável dentro dos tipo, o marrom ocre apresentado dentro do lóbulo também como pode ser observado na imagem abaixo.


Cattleya percivaliana tipo (Albert's à esquerda) versus (Summit à direita).


Outra bela Cattleya Percivaliana Tipo que pode ser destacado são:

 Cattleya Percivaliana Tipo Liberto x Cattleya Percivaliana Tipo Ana Beatriz 

Que apresenta flores com labelo bem arredondado franjado em seu bordo e com colorido base em marginato.

Cattleya percivaliana semi-laba Centro Remolacha.

Cattleya percivaliana caeruela "Blue Dreams'



Cattleya percivaliana caeruela "Online'

A planta de El Libertador como é tipicamente chamada na Venezuela precisou de algum tempo para ser considerada uma Cattleya digna de coleções, pois os conhecimentos técnicos retrógados anteriormente existentes repudiavam várias dessas variedades como plantas com flores apenas de cor, e nada mais (Gilmar Juliak).
Bem como mostrado aqui é uma orquídea com beleza e perfume únicos e perfeitos por natureza!!!!

Cattleya percivaliana grabriela

Cattleya percivaliana

Cattleya percivaliana

Cattleya percivaliana

Cattleya percivaliana especial

Cattleya percivaliana

Cattleya percivaliana

Cattleya percivaliana

Cattleya percivaliana semi-alba



Fontes:
http://circulosaocarlense.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html
Perfil de plantas: perfildeplanta.blogspot.com.br

Cattleya Harrisoniana Lindl



O gênero Cattleya foi proposto por John Lindley em Coletânea Botânica 7: t. 33, em 1821, com nome em homenagem a William Cattley, orquidófilo inglês, que teve seu nome latinizado para Guglielmus Cattleyus (orq. Imirim).  
A Cattleya harrisoniana Lindl apresenta peseudobulbos finos, roliços e sulcados; com cerca de 30 cm de altura quando adulta. As folhas são coriáceas (semelhante a couro) epontiagudas com cerca de 15 cm de comprimento e cor verde-clara(lembra a C. intermedia e a C. Loddigesii). Floresce no mês de janeiro portando geralmente de 2 a 5 flores por haste com diâmetro de até 10 cm. É uma espécie que apresenta pouco variação de coloração como no caso das Cattleyas Labiatas. Essa espécie não tolera muito região muito seca necessitando desse modo em períodos secos de boas regas devido a baixa capacidade de armazenar água.

Cattleya harrisoniana tipo ‘del Grieco’

Cattleya harrisoniana tipo ‘del Grieco’

Cattleya harrisoniana coerulea
Fonte: http://www.flickr.com/photos/morabeza79/favorites/page15/?view=lg

Cattleya Harrisoniana coerulea


Procede desde o Estado do Rio de Janeiro na região da Baia do Guanabara até as proximidade com Vitória - ES. No Estado do Rio de Janeiro existem rios que descem a Serra do Mar na região de Cachoerinha de Macacú e Silva Jardim que nascem na Serra em Nova Friburgo, no qual, desaguam na região da baixada fluminense onde há C. harrisoniana que ocasionalmente sobem a Serra do Mar, mas em geral são raras em altitudes maiores do que 300 m e quando isso ocorre seguem pelas matas de galerias destes rios e atingem os 1000 m de altitude (Serra dos Órgãos - RJ), mas apenas na Serra do Mar. Não chegam até a face da Serra do Mar que mira o interior e nem na Mantiqueira. A Cattleya harrisoniana nunca sae da área de ação do vento e da neblina do mar e na parte densa da Mata da Atlântica não há C. harrisonianas, só nas árvores próximas aos rios, elas só existem onde tem água embaixo (texto fornecido por Chico - perfil de plantas).

Cattleya Harrisoniana
Nat. Ord. Orchideae - Brasilien
Cattleya harrisoniana Bateman ex Lindl

Cattleya Harrisoniana Coeruela

Cattleya harrisoniana tipo




Fonte:
Livro: O grande livro das orquídeas
Miranda Orchids




segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Laelia purpurata Lindly & Paxton


1.Contextualização da Espécie

Esta espécie é nativa do Estado de São Paulo, Santa CAtarina e Rio Grande do Sul apresentando-se com maior frequência em Santa Catariana e no Rio Grand edo Sul numa estreita faixa de mata atlântica limitada em praticamente toda sua extensão pela Serra do Mar.
Em seu habitat rico em epífitas (como bromélia), lianas, pteridófitas e musgos (floresta perenifília hidrofila costeira), a laelia purpurata é encontrada com hábitos epífitos (sob árvores de médio e grande porte) e rúpiculas (sob rochas) até 250 metros.

Laelia purpurata tipo
Laelia purpurata tipo

Laelia purpurata em habiat ( in situ )

Laelia purpurata tipo

Vista da área da Mata Atlântica - Habitat  da Laelia Purpurata


Sua descoberta para a ciência aconteceu em 1846 por François Devos no litoral da então Província Imperial de Santa Catarina (Ilha de Santa Catarina).
Deste a sua descoberta, grandes foram as quantidades de plantas coletadas na Ilha de Santa Catarina e despachadas para as firmas M. Verschaffelt (1847), em Ghent, na Bélgica, bem como para o Mijnheer Brys (1850), de Bornhem, junto a Antuérpia, e dessas espalhadas por inúmeras coleções de orquídeas existentes na Europa continental e na Inglaterra.
A Laelia Purpurata floriu pela primeira vez, fora do seu habitat natural em 1852, nas Estufas da firma James Backhouse and Sons em York, na Inglaterra. Naquele mesmo ano, no mês de junho foi exibida à Royal Horticulture Society em Londres, proporcionando desta maneira o seu Estudo, Descrição e Classificação pelo famoso botânico John Lindley. O exemplar observado por ele e que o orientou na classificação e descrição foi uma Laelia Purpurata com sépalas e pétalas quase brancas.
A Publicação destes estudos e principalmente a descrição da Laelia Purpurata, foi realizada pelo Jardineiro e Arquiteto Joseph Paxon, na obra Paxton´s Flower Garden 3: 111-112, tab. 96, no ano 1852.


Joseph Paxon (1803 - 1865).

Estufa - com armação de ferro coberto com vidro.

Uma outra planta floriu também no ano de 1852 e foi classificada de forma errônea por Ch. Lemaire, como sendo uma Cattleya Brysiana. Esta planta era um exemplar de sépalas e pétalas róseas, fato esse que causou inicialmente uma certa confusão. A Planta descrita por Ch. Lemaire, figura hoje como uma variedade da Laelia Purpurata.
Em 1859, um outro exemplar foi classificado por H. G. Reichenbach fil., como sendo Laelia Casperiana.  Alfred Cogniaux reclassificou-a como sinônimo da Laelia Purpurata tipo.
Por muitos anos a Laelia Wyattiana, classificada em 1883 por H. G. Reichenbach fil., foi considerada como um sinônimo da Laelia Purpurata, hoje essa espécie é classificada como híbrido natural da Laelia Crispa e da Laelia Lobata.

Laelia Lobata

Laelia crispa

Laelia cripa tipo

Laelia lobata
2. Espécies arbóreas mais comum como hospedeiras das L. purpuratas (epífitas)

Palmeira butiazeiro (Butia eriosphata)


Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Arecales
Género: Butia
Nome Popular: Butiá
Nome Científico: Butia eriospatha (Mart. Ex Drude) Becc.
Família Botânica: Arecaceae
Sinônimo: Cocos eriospatha Mart. Ex Drude, Syagrus eriopatha (Mart. Ex Drude) Glassm.


Características Gerais: Palmeira nativa da América do Sul, também conhecida por MACUMÁ e que ocorre nas matas e campos das regiões altas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.O nome de butiá-felpudo é devido à espessa lanugem acastanhada na parte externa da espata. Sua altura varia de 4 a 6 m e seu diâmetro (DAP) de 20 a 40 cm, caracterizando-se pelo estipe revestido de bainhas e pecíolos velhos na região abaixo da coroa de folhas.Suas folhas pinadas, com coloração azul-esverdeada, podem chegar a 2 m de comprimento, com um pecíolo geralmente recoberto, na base, por delicados espinhos.É uma planta monóica. A inflorescência interfoliar, de 1 m de comprimento, é densamente ramificada, possuindo uma espata de até 12 m de comprimento, acanoada e ereta. A floração amarela ocorre de setembro a janeiro. Os frutos, pequenos, globosos e amarelos, amadurecem no verão e são consumidos ao natural ou sua polpa é usada na produção de licor e vinho.

Butia eriospatha
Fruto da Buita

O termo butiá é a designação comum às palmeiras do gênero Butia, com nove espécies conhecidas, nativas da América do Sul. Possuem em geral estipe médio, com cicatriz de pecíolos antigos, longas folhas penatífidas us. em obras trançadas, e pequenas drupas comestíveis, com semente oleaginosa.
O termo butiá pode remeter ainda, mais especificamente, à Butia capitata, uma palmeira de até 7 m, nativa do Paraguai, Brasil (de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul), Argentina e Uruguai, cujo estipe é utilizado no fabrico de papel. De seus frutos, alaranjados, se faz geléia, licor, cachaça e vinagre, e das sementes, comestíveis, se extrai óleo. Também é conhecida pelos nomes de butiá-açu, butiá-azedo, butiá-branco, butiá-da-praia, butiá-de-vinagre, butiá-do-campo, butiá-miúdo, butiá-roxo, butiazeiro, cabeçudo, coqueiro-azedo, guariroba-do-campo e palma-petiza. No estado do Rio Grande do Sul esta palmeira também é conhecida como jerivá.



Tarumã (Cytharexyllum myrianthum)



Familia: Verbenaceae
Nome Científico: Cytharexyllum myrianthum Chamiáo
Nomes Comuns: tucaneiro, pau de viola, tucaneira, jacareúba, baga de tucano, pombeiro, tarumã, tarumã branco, pau viola.
Crescimento: árvore
Grupo Ecológico: oportunista
Ocorrência: floresta estacional semidecídua , flor. ombrófila densa , mata ciliar , etc.
Distribuição Geográfica: BA ES MG PR RJ RS SC SP
Dispersão: zoocoria
Polinização: fanelofilia
Floração: OUT NOV DEZ
Frutificação: JAN FEV MAR ABR


Cytharexyllum myrianthum.

Açoita-cavalo (Luhea divaricata)



De acordo com o sistema de classificação baseado no The Angiosperm Phylogeny Group (APG) II, a posição taxonômica de Luehea divaricata obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Angiospermae
Clado: Eurosídeas II
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Gênero: Luehea
Espécie: Luehea divaricata Martius & Zucarini
Publicação: Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 101, tab. 63, 1824.
Sinonímia botânica: Thespesia brasiliensis Sprengel. (1826); Brotera mediterranea Vell. (1827); Alegria divaricata (Martius) Stuntz. (1914).


Acoita-cavalo (tronco, folha, fruto e semente).


Nomes vulgares por Unidades da Federação: na Bahia, estriveira e ivitinga; em Goiás, açoita-cavalo; em Minas Gerais, açoita-cavalo e ivatingui; no Paraná, açoita-cavalo, açoite-cavalo, salta-cavalo e soita-cavalo; no Rio Grande do Sul, açoita-cavalo, açoitacavalo-vermelho; no Estado do Rio de Janeiro, açoite-cavalo e saco-de-gambá; em Santa Catarina, açoita-cavalo, açoita-cavalos e pau-de-canga e no Estado de São Paulo: açoita-cavalo, açoita-cavalo-do-miúdo, açoita-cavalos, açoita-cavalos-branco, açoite-cavalo, estriveira, ibitinga, ivantingui, salta-cavalo e vatinga.


3. Clima do Habitat das Laelia Purpuratas

O clima da região dos habitats são sujeitos a bruscas mudanças durante o ano todo sem uma estação seca definida e é subquente, superúmido, com temperaturas variando entre a mínima de 7ºC e a máxima de 33ºC, média anual em torno de 22ºC.
A altura média da precipitação anual varia de 1200 mm a 2000 mm. Na faixa litorânea de Santa Catariana e São Paulo, o máximo pluviométrico ocorre geralmente no verão e o seu trimestre mais chuvoso é de janeiro à março, enquanto o mínimo incide, na maioria das vezes, no inverno e outono.
Pode-se resumo o clima dessas regiões como sendo subtropical onde na região sul do estado de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.

Clima do Brasil.

A Laelia purpurata é uma espécie de floração primaveril e muito regrada, de modo que dificilmente florece fora de época. Os meses de floração geralmente vão desde novembro até dezembro, mas em função de sua localização na natureza floresce no início de novembro (Estado de São Paulo), em meados e fim de novembro (Santa Catarina) e em dezembro (Rio Grande do Sul).


4. Característica da Espécie.

A zona de ocorrência desta espécie fica no máximo 20 km da praia, mas surgiu um núcleo a uma distância de cerca de 75 km da beira-mar, no distrito de Lomba Grande, pertencente a Novo Hamburgo, RS. Neste local foram encontradas plantas famosas, como L. purpurata russeliana delicata, L. purpurata sanguinea 'Mentz' e L. purpurata flamea 'Kassel', afirma o orquidófilo Manfredo Hübner, de Garopaba, SC.
A Laelia purpurata possui pseudobulbo robusto, alongado em forma de fuso e um pouco comprimido, além de contar com a parte inferior fortemente articulada apresentando folhas grandes, medindo de 25 a 45 cm de comprimento, eretas, rígidas, estreitas (com 4 a 9 cm de largura), levemente côncavas e um pouco coriáceas. Na face superior são lisas e intensamente verdes.
Suas vistosas flores apresentam um diâmetro entre 15 cm à 20 cm e são sustentadas por um robusto pedúnculo que pode exibir de duas a sete flores.

Porte Vegetativo da Laelia Purpurata
Fonte:  http://cynthiablanco.blogspot.com.br/2011/09/comprei-na-exposicao-do-jardim-botanico.html 


5. Variedades da Espécie

-Semi-alba (pétalas branco puro)


Laelia Purpurata semi-alba 'Carmencita'


- Virginalis (flores totalmente brancas, leve amarelado no labelo)

Laelia purpurata v. virginalis

-Alba (flores brancas, labelo com veios de colorido róseo claro)
Laelia purpurata alba

- Albescens (leve sopro róseo nas pétalas e sépalas)

Laelia purpurata albescens

-Anelata ( anel na entrada do labelo)


Laelia purpurata v. Anelata


-Argolão (anel mais grosso que na anellata)

Laelia purpurata argolão

-Atropurpurea (labelo interna e externamente purpúreo)

L. purpurata antropurpurea

-Carnea (colorido róseo carneo no labelo)


Laelia purpurata v. carnea.


-Flamea (pétalas com colorido vermelho purpúreo, variando de  intensidade)


Laelia purpurata flamea



-Mandayana (toda a flor tingida de rosa pálido com o labelo tingido de um colorido mais pronunciado, como se fosse na margem)

Laelia purpurata Mandayana

-Marginata (sépalas e pétalas brancas, labelo contornado por margem bem definida)

Laelia purpurata marginata

-Oculata (flores brancas, labelo exibindo duas manchas ovaladas vermelho purpúreo, semelhança de olhos)

Laelia purpurata oculata

-Roxo bispo (roxo igual ao usado pelos bispos da igreja Católica)

Laelia purpurata roxo bispo


-Roxo violeta (também conhecido por aço)

Laelia purpurata roxo-violeta do Crente

Laelia purpurata roxo violeta

-Rubra (flores de pétalas e sépalas róseo intenso entre a flamea e a sanguinea)


Laelia purpurata rubra 'caturama'

-Russeliana ( colorido róseo parelho em toda a flor)

laelia purpurata russeliana'gracicata'




Laelia purpurata sanguinea

-Schusteriana (descrição de planta única, floriu na coleção de Miguel Schuster, SP)

Laelia purpurata schsteriana

-Striata (flores com pétalas exibindo estrias longitudinais vermelhas)

laelia purpurata Striata 'rubi'

-Werkhauserii (flores brancas e labelo tingido de uma tonalidade azul acinzentada escura)

Laelia purpurata Werkhauserii



6. Cultivo

Para muda dessa espécie indica-se alternar fertilizante para crescimento, por exemplo, NPK 30-10-10 e de manutenção, como NPK 20-20-20. Nos adultos, é melhor apostar no de manutenção intercalado ao de floração, como NPK 10-30-10. Em ambos os casos fazendo a aplicação quinzenal.
Deve-se procurar proporcionar as mesmas condições no ambiente doméstico, usando-se sombrite de 50 a 70%, dependendo da região, e mantendo a circulação de ar adequada e com distanciamento entre os vasos. Em períodos de escassez de chuva, recomenda-se molhar o chão do orquidário diariamente para elevar a umidade. Leite afirma que a rega pode ser feita em dias intercalados e, durante o Verão, indica borrifar água na planta para baixar a temperatura.

Em construção!!!

Fonte:
Perfil de Plantas - Laelia Purpurats
Carlos Gomes - Varidades de L. purpuratas
O Habitat da Laelia Purpurata - Livro